17.2 C
Ponta Porã
sexta-feira, 27 de setembro, 2024
InícioAgronegóciosAgricultor de MS gastará 51,27 sacas por hectare para produzir soja nesta...

Agricultor de MS gastará 51,27 sacas por hectare para produzir soja nesta safra

Segundo a Aprosoja-MS, o custo para produzir a oleaginosa nesta safra 2024-25 será de R$ 5.998,24/ha

O custo total de implementação de um hectare de soja neste ciclo 2024/2025, em Mato Grosso do Sul, é de R$ 5.998,24, ou o equivalente a 51,27 sacas por hectare. A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (26) pela Aprosoja-MS (Associação dos Produtores de Soja de MS) e reflete a soma de todas as despesas diretas e indiretas, custos fixos e variáveis e os preços médios apurados entre os meses de julho e agosto nas principais praças do Estado.

Desde o dia 16 de setembro a semeadura da soja está liberada em MS. A expectativa, segundo dados da Aprosoja-MS, anunciados durante o evento de lançamento do plantio, é que para a safra 2024/2025 a área destinada ao cultivo da oleaginosa seja de 4,5 milhões de hectares, um aumento de 6,8%, em comparação à safra de 2023/2024, quando foram destinados 4,2 milhões de hectares no Estado. Com relação à produtividade, a expectativa é de 51,7 sacas por hectare, aumento de 5,9% em comparação ao ciclo anterior.

Estima-se produzir 13,9 milhões de toneladas de soja, um aumento de 13,2%. Na safra 2023/2024 foram produzidas 12,3 milhões de toneladas de soja.

O estudo para o custo de produção considera a utilização de cultivares com biotecnologia IPRO (Bt + Roundup Ready), com produtividade 51,7 sacas por hectare, baseada na média histórica das últimas cinco safras; e preço médio de R$ 117 por saca de 60 Kg.

Quando comparado com o ano anterior, o custo total de produção apresenta retração de 2,8%, contudo, componentes como sementes, tratamento de sementes, corretivos de solo e fertilizantes apresentam incremento que variam de 0,3% a 19,6%.

Em nota divulgada, o economista da Aprosoja-MS, Mateus Fernandes afirma que uma gestão de custos eficiente é essencial para aumentar a margem de lucro na atividade produtiva. “Nosso Estado vem de anos desafiadores e esta nova safra promete continuar exigindo assertividade técnica e financeira do produtor rural. Por isso, olhar para dentro da propriedade, entendendo que cada uma tem sua peculiaridade é o primeiro passo para uma gestão sustentável”, completa Fernandes.

Agricultor de MS gastará 51,27 sacas por hectare para produzir soja nesta safra
Tabela mostra divisão dos custos de produção da soja. (Fonte: Aprosoja-MS)

Divisão dos custos

A operação de custeio tem a maior parcela no custo total, representando 57,21%, equivalente a R$ 3.431,60, igual a 29,33 sacas por hectare. Entre os componentes do custeio, os fertilizantes tem maior representatividade, responsáveis por 32,78% do total, equivalente a 9,38 sacas por hectare;  as sementes representam 16,58%, igual a  4,74 sacas por hectare, e os fungicidas tem 12,40%, equivalente a 3,55 sacas por hectare.

Os outros custos variáveis, que compreendem o seguro agrícola, impostos e taxas, assistência técnica, manutenção de máquinas e implementos, benfeitorias, despesas administrativas, mão de obra, armazenagem e transporte externo somam 27,40%, igual a 14,05 sacas por hectare, no montante do custo de produção. O custo fixo, composto pela depreciação de benfeitorias, máquinas e implementos, encargos e seguro do capital fixo, representa 6,64%, equivalente a 3,41 sacas por hectare. Já o custo operacional, que considera a remuneração sobre o capital representa 49,71 sacas/hectare, igual a 96,97% do custo total.

Cresce adesão ao controle biológico

Segundo o boletim da Aprosoja-MS, o custo de produção feito pela associação começa a considerar a utilização de biológicos, a fim de comparação com o custo tradicional e para ajuste de análise com produtores que já estão utilizando essa nova ferramenta tecnológica em insumos na produção de soja.

A utilização de biológicos tem ganhado espaço em prol da sustentabilidade e do baixo acréscimo ao custo de produção. O experimento em algumas áreas tem se espalhado pelo Mato Grosso do Sul e ganhado pontos positivos ao olhos do produtor rural. A estratégia tem sido iniciar em áreas menores para avançar com maior confiança nas demais áreas.

Fonte: Campograndenews