Mergulhe de vez nessa cultura e conheça os principais roteiros turísticos

Crédito: Acervo Funai

Abril se veste de cores e saberes ancestrais para celebrar o dia 19, o Dia dos Povos Indígenas. A data reforça a importância dos povos originários na construção da identidade brasileira. E o turismo se apresenta como uma janela fascinante para essa imersão, oferecendo experiências autênticas e a oportunidade de apoiar diretamente as comunidades.

Para celebrar a data, que tal planejar uma viagem que vai além do convencional? O Brasil oferece uma variedade de experiências em terras originárias, desde a imersão na natureza exuberante até a participação em rituais e o aprendizado de saberes ancestrais.

Conexão com a natureza

 • Área Indígena Rio Gregório (Amazônia): Uma oportunidade única de vivenciar a riqueza da floresta amazônica, com banhos de ervas revigorantes e cerimônias que conectam o homem à natureza.

• Comunidade Indígena Borari (Alter do Chão, PA): Mergulho na cultura Tapajônica com as Suraras do Tapajós. Contação de histórias, dança, trilhas na floresta, dormida na reserva e passeio fluvial fazem parte da programação.

• Comunidade Indígena Raposa Serra do Sol I (RR): Banho de cachoeira na Trilha Cultural da Cachoeira da Raposa, atividades tradicionais Macuxi, como arco e flecha, dança Parixara e confecção de panelas de barro com as anciãs. A caminhada até a Serra do Arco-Íris proporciona um pôr do sol inesquecível.

• Comunidade Jenipapo-Kanindé (Aquiraz, CE): Trilhas em meio à natureza preservada e um mergulho na história local através do museu da comunidade.

• Aldeia Pataxó (BA) e Aldeia Guarani (SP): Vivência do cotidiano das comunidades, com artesanato, rituais e forte ligação com a terra.

• Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira (Porto Seguro, BA): Caminhadas pela Mata Atlântica, rituais com música e dança, técnicas de caça e a tradicional refeição de peixe assado na folha de patioba. Os roteiros com pernoite incluem oficinas de artesanato, banhos de rio e luau.

• Parque Nacional do Xingu (MT): Uma jornada ao coração do Brasil, onde 15 etnias de quatro troncos linguísticos diferentes abrem suas aldeias para compartilhar rituais e crenças. Destaque para a recepção calorosa das aldeias Waurá e Trumai, com danças típicas, histórias ancestrais e o cotidiano às margens da Amazônia.

Cultura e ancestralidade

•  Museu do Índio (Rio de Janeiro): Acervo rico sobre a diversidade cultural e a história dos povos indígenas brasileiros.

• Festival Yawa (Aldeia Nova Esperança): Evento cultural vibrante, com manifestações artísticas e rituais tradicionais

• Tenondé Porã (São Paulo, SP): Comunidade formada por sete aldeias que promove o turismo sustentável e comunitário. Os visitantes participam de mutirões agroecológicos e exploram as belezas do rio Capivari, com cachoeiras e áreas de remanso.

PROJETOS –  Por meio de diversas ações e iniciativas, o Ministério do Turismo (MTur), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tem adotado o turismo responsável nas comunidades indígenas como uma de suas linhas prioritárias.

O projeto “Brasil, Turismo Responsável” foca na promoção de práticas sustentáveis e na inclusão dos povos indígenas na estruturação de seus modelos de turismo. A ideia é valorizar suas tradições culturais e fomentar o desenvolvimento local. “As ações previstas – como a produção de materiais técnicos, oficinas participativas e a elaboração de planos de visitação – fortalecem o etnoturismo como estratégia de geração de renda, preservação dos territórios e promoção da diversidade sociocultural brasileira”, destaca Carolina Fávero, coordenadora-geral de Turismo Sustentável e Responsável do MTur.

 A iniciativa também prevê a promoção e o compartilhamento de boas práticas. Isso inclui a definição de ferramentas, responsabilidades e mecanismos que contribuam para soluções efetivas no curto e médio prazo, alinhando o desenvolvimento turístico ao respeito pelas especificidades locais.

Por Lívia Albernaz

Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

Fonte: Ministério do Turismo