Estado vai pagar meio milhão para neurocirurgia de bebê com doença rara

Foto: Arquivo/Campo Grande News

A doença rara, também chamada de craniostenose, é uma malformação do crânio que pode levar a sequelas neurológicas permanentes.

Diagnosticado com anomalia nos ossos do crânio, bebê de 11 meses passará por uma neurocirurgia reconstrutora de urgência na próxima segunda-feira (13). O procedimento, avaliado em R$ 551.640,23, será custeado pelo Governo do Estado e pelo município de Angélica, após determinação judicial.

A doença rara, também chamada de craniostenose, é uma malformação do crânio que pode levar a sequelas neurológicas permanentes, como hipertensão intracraniana, se não tratada no primeiro ano de vida. A cirurgia será realizada em Campo Grande por uma equipe especializada da Santa Casa.

A decisão de custeio do procedimento foi obtida pela Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, que ingressou com ação judicial em caráter de urgência. Segundo o defensor público Bruno Augusto de Resende Louzada, o tratamento é essencial para garantir a saúde e a qualidade de vida do bebê. “De vital importância para assegurar o mínimo de existência, já que não há como conjugar vida digna sem a observância ao seu direito à saúde”, afirmou.

A mãe do bebê, de baixa renda, tentou atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas enfrentou demora para conseguir consulta com um neurocirurgião pediátrico. A situação motivou o pedido da Defensoria, que teve aceite da Justiça com parecer favorável do Núcleo de Apoio Técnico do Poder Judiciário.

Antes da cirurgia, o bebê passou por exames preparatórios, como um ecocardiograma realizado em Dourados. A mãe celebra a conquista, que chega às vésperas do primeiro aniversário do filho, no dia 18 de janeiro.

Tratamento – De acordo com o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP (Universidade de São Paulo), a craniossinostose é uma condição que ocorre em uma a cada 2,5 mil pessoas e está presente desde o nascimento.

A malformação causa alterações no formato do crânio e pode gerar sintomas como dor de cabeça, problemas de visão e dificuldades de aprendizagem. Especialistas recomendam que a cirurgia seja realizada no primeiro ano de vida para evitar complicações.

Fonte: Campograndenews