Diagnóstico precoce aumenta em 95% a chance de cura do câncer de próstata

O mês de novembro traz a campanha voltada para a saúde do homem, especificamente para a prevenção do câncer de próstata, que é o tipo mais comum nesse público e que está associado à idade e a hábitos de vida. A boa notícia, de acordo com especialistas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), é que as chances de cura são altas quando o diagnóstico é feito a tempo.

João Juveniz, urologista do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Humap-UFMS), destaca um dado necessário para conscientização das pessoas. “Antes do período de pandemia, o índice de câncer de próstata avançado e ficava em torno de 17% a 18%. Atualmente, esse índice é de 24%. Isso a gente não quer, a gente quer detectar precocemente para conseguir curar os pacientes e, logicamente, aumentar sua qualidade de vida”, afirma.

O médico reforça também que o diagnóstico da doença é feito com o exame de sangue (PSA), às vezes acompanhado do toque retal e confirmado com a biópsia da próstata, e é importante porque não existe prevenção para o câncer de próstata, mas é possível diagnosticar precocemente. “Cerca de 90% dos pacientes que têm câncer de próstata não apresentam sintomas, e, quando têm sintomas, esses casos já estão avançados. Por isso é importante a detecção precoce do câncer de próstata. Se a gente diagnosticar mais precocemente, as chances de cura chegam a mais de 95%”, afirma João Juveniz, e ainda fez um alerta: “Em Mato Grosso do Sul, a mortalidade anual por câncer de próstata, ultrapassa 1.200 casos”.

Fatores de risco

Entre as principais razões para o desenvolvimento da doença, o médico destaca os modificáveis e os não modificáveis, sendo esses últimos inerentes à vida, tais como idade avançada e fatores genéticos. Os demais fatores dizem respeito ao estilo de vida das pessoas, e nesse caso, o médico aponta alguns que propiciam o desenvolvimento da doença: “Sedentarismo, obesidade, alimentação rica em gordura, aumento em consumo de álcool e tabagismo”.