21.4 C
Ponta Porã
domingo, 27 de outubro, 2024
InícioTurismoIlha de Paquetá: histórias e paisagens a uma barca do centro do...

Ilha de Paquetá: histórias e paisagens a uma barca do centro do Rio de Janeiro

Ilha de Paquetá: histórias e paisagens a uma barca do centro do Rio de Janeiro
Maurício Brum

Ilha de Paquetá: histórias e paisagens a uma barca do centro do Rio de Janeiro

Talvez alguns nem saibam que a Ilha de Paquetá não é uma cidade, mas um bairro do Rio de Janeiro. Situada na Baía de Guanabara e ladeada pela Ilha do Governador, a ilha inicialmente pertenceu ao município de Magé, na Baixada Fluminense, mas, graças a sua proximidade com o Rio foi incorporada à capital.

Apesar da mudança na administração, o cenário praticamente idílico e sem carros permanece o mesmo. Além disso, Paquetá é repleta de lendas e histórias contadas pelos locais sobre anedotas que se passaram ali desde os tempos do Império.

Para chegar em Paquetá, os visitantes devem acessar as barcas que partem da Praça XV , no Rio de Janeiro. Dali até a ilha, a agradável viagem é de cerca de 50 minutos. O ponto de chegada é na Praça Pintor Pedro Bruno, um ponto relativamente central em relação ao território da ilha.

Confira algumas atrações que valem a viagem até Paquetá.

1. Praia José Bonifácio e Casa de Cultura

A Praia José Bonifácio é paralela à Praça Pintor Pedro Bruno, na outra margem da ilha. Dali se vê a Igreja do Senhor Bom Jesus do Monte, erguida em 1763 e com elementos em estilo neogótico. A praia oferece uma belíssima vista para a Baía de Guanabara que pode ser apreciada a bordo de um dos pedalinhos disponíveis. Contudo, informe-se sobre as condições de banho, pois nem sempre as águas de Paquetá estão próprias.

casa-de-cultura-jose-bonifacio-paqueta
Casa de Cultura José Bonifácio Casa de Cultura José Bonifácio/Divulgação

Logo em frente à praia fica a Casa de Cultura José Bonifácio , onde funciona o Museu de Comunicação e Costumes. O imóvel onde um dos patronos da Independência do Brasil residiu e cumpriu prisão domiciliar é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Continua após a publicidade

No museu, que tem entrada gratuita, está um acervo de mais de 20 mil peças representativas dos costumes e da comunicação desde o século 19. A casa está aberta para visitas de sexta a domingo, das 8 às 16h. Visitas guiadas ocorrem aos sábados, das 9h às 12h.

2. Ponte da Saudade

Seguindo para o norte da ilha, pela praia José Bonifácio, chega-se à Ponte da Saudade, que na verdade é um píer – não espere uma estrutura conectando Paquetá a outra faixa de terra. O píer tem este nome graças à triste lenda de João Saudade, um homem escravizado no período colonial que ia até este local chorar e rememorar sua família na África.

ponte-da-saudade-paqueta
Ponte da Saudade, na verdade, é um píer Donatas Dabravolskas/Wikimedia Commons

O local atrai muitos visitantes no final da tarde para apreciar o pôr do sol e fotografar o cenário encantador.

3. A praia e a pedra da Moreninha

Indo em frente, você chegará na Praia da Moreninha, onde também está situada a lendária pedra homônima. O local possui uma pequena trilha que leva ao topo da pedra, onde a protagonista do romance de Joaquim Manuel de Macedo esperava o seu amado.

pedra-da-moreninha
Vista a partir da Pedra da Moreninha, em Paquetá Jonas de Carvalho/Flickr

A pedra faz o papel de um pequeno mirante natural de onde é possível ter uma bela vista para a Baía da Guanabara e a Ilha de Brocoió.

Continua após a publicidade

4. Praça de São Roque

Nas proximidades da praia você encontrará a principal praça da ilha, a São Roque. Por ali estão a Capela de São Roque, o charmoso Coreto Renato Antunes e o Poço de São Roque, outro local da ilha cercado de histórias. A lenda conta que as águas do poço tinham poderes milagrosos, a ponto de curar uma úlcera da perna do Imperador Dom João VI.

capela-sao-roque-paqueta
Capela São Roque em Paquetá Halley Pacheco de Oliveira/Wikimedia Commons

No extremo norte também encontram-se a Praia dos Coqueiros, a Praia do Catimbau e a Praia do Buraco, todas muito belas, mas não necessariamente próprias para banho.

5. Baobá Maria Gorda

Retornando pela margem oposta, você encontrará um dos pontos de maior interesse em Paquetá: o baobá Maria Gorda. A gigantesca árvore de origem africana tem centenas de anos e foi tombada pelo Patrimônio Histórico do Estado. Com mais de 7 metros de circunferência, Maria Gorda tem uma placa convidando os visitantes a uma simpatia: quem beijar o tronco da árvore terá sorte por longo prazo, mas quem maltratá-la terá sete anos de atraso.

baoba-maria-gorda
Placa do baobá carrega sua lenda arvoresdorio.com.br/Reprodução

Próximo do baobá também estão o canhão de saudação a Dom João VI, disparado como recepção nas ocasiões em que o monarca visitava a ilha, e o Caramanchão dos Tamoios, uma espécie de deck sobre o mar e excelente ponto para fotografias.

6. Farol da Mesbla

Localizado na parte sul da ilha, o Farol da Mesbla tem uma torre de 9 metros de altura e uma réplica do relógio das antigas Lojas Mesbla do centro da cidade do Rio de Janeiro. Situado nas proximidades da antiga colônia de férias dos funcionários, o farol foi erguido em meados dos anos 1960 em celebração ao aniversário da loja de departamentos homônima, que faliu em 1999.

Continua após a publicidade
farol-relogio-mesbla-paqueta
Farol carrega relógio semelhante ao que existia na histórica loja de departamentos no Rio de Janeiro Gilvanbagatini/Wikimedia Commons

Ainda mais ao sul da ilha fica a Casa da Moreninha, um ponto muito fotografado que não está aberto para visitação. A casa, um chalé cor de rosa, foi cenário do filme e da telenovela A Moreninha , obra que marca o início do Romantismo no Brasil.

7. Cemitério dos pássaros

Este é um local único (talvez no mundo) e completamente inusitado. Trata-se exatamente do que o título sugere: um cemitério de pássaros. A estimativa é de que o local tenha sido construído no século 19, com projeto do pintor que batiza a praça de chegada na ilha e responsável pelo projeto do cemitério (humano) logo ao lado: o artista Pedro Bruno.

@oqueteassombra_

História de Cemitério O Cemitério dos Passaros de Paquetá – o único Cemitério de Passaros do Mundo #cemiterio #cemiterios #historia #patrimonio #necroturismo #artetumularbr #diadosanimais

♬ som original – OqueTeAssombra

O local repleto de túmulos pequeninos é uma espécie de templo ao amor à natureza com belíssimas decorações, incluindo os monumentos “Pássaro abatido” e “Pouso do Pássaro Cansado”. Mantido por moradores locais, o cemitério é aberto para visitação.

8. Parque Darke de Mattos

Localizado no extremo sul da ilha de Paquetá e da orla da Praia José Bonifácio, o Parque Darke de Mattos oferece uma ampla área verde à beira-mar com vista para o Pão de Açúcar e a paisagem do Rio de Janeiro.

Continua após a publicidade
parque-darke-de-mattos
Mirante no antigo coreto do Parque Darke de Mattos, em Paquetá Donatas Dabravolskas/Wikimedia Commons

O parque possui diversas árvores centenárias, espaços de recreação infantil, trilhas para caminhadas e dois mirantes.

Leia tudo sobre o Rio de Janeiro

Compartilhe essa matéria via:

Resolva sua viagem aqui

  • Reserve hospedagem no Booking

  • Reserve seu voo

  • Reserve hospedagem no Airbnb

  • Ache um passeio na Civitatis

  • Alugue um carro

Publicidade

Fonte: Turismo