07/11/2017 06h30
Instalação da já criada vara criminal desafogaria o Judiciário local, segundo a OAB que iniciou anos atrás a campanha pela 3ª Vara na Comarca de Amambai.
Agazetanews
A instalação da 3ª Vara da Comarca de Amambai, que também abrange o município de Coronel Sapucaia, que juntos tem uma população estimada e m 53,4 mil habitantes, foi defendida, tanto pelo Ministério Público (MP) como pela Defensoria Pública durante sessões do Tribunal do Júri na quarta-feira, 1 de novembro, em Amambai.
A cobrança pela instalação da 3ª Vara na Comarca, que inclusive já foi criada, é uma luta antiga da 10ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB/MS) que nos últimos meses ganhou força e apoio, tanto de órgãos como o Ministério Público e a Defensoria Pública, bem como a prefeitura, a Câmara Municipal local e de diversos segmentos da sociedade amambaiense, entre eles a ACIA (Associação Comercial e Empresarial de Amambai).
Durante um dos dois júris populares realizados na quarta-feira, um feito inédito para a Comarca, o promotor de justiça, Dr. Luiz Eduardo Sant’Anna Pinheiro, enfatizou que a realização de dois júris em um só dia é uma demonstração clara da sobrecarga no Poder Judiciário local.
Segundo Dr. Luiz Eduardo são pelo menos 18 mil processos em trâmite para apenas dois juízes, o que torna, mesmo com os magistrados trabalhando até altas horas da noite e aos finais de semana, como vem fazendo é humanamente impossível dar conta da grande demanda.
O defensor público, Dr. Marcelo Matinho da Silva reforçou a conotação do promotor de justiça e ressaltou a falta de compromisso das autoridades estaduais com a população de Amambai e região.
Dr. Marcelo lembrou que a Comarca de Naviraí, que atende a uma população equivalente a Amambai, recebeu recentemente a 4ª Vara e também outra Vara na Comarca de Sidrolândia que tem apenas 7 mil processos em trâmite, uma demanda bem menor que a de Amambai teve a instalação de mais uma Vara recentemente por parte do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. “Não é falta de dinheiro, é falta de vontade”, disse o defensor público.