Natal: Forte dos Reis Magos guarda histórias de onde a cidade nasceu

Maurício BrumNatal: Forte dos Reis Magos guarda histórias de onde a cidade

Natal: Forte dos Reis Magos guarda histórias de onde a cidade nasceu
Maurício Brum

Natal: Forte dos Reis Magos guarda histórias de onde a cidade nasceu

Se a cidade de Natal deve seu nome à fundação em um 25 de dezembro, sua estrutura mais antiga também tem uma relação intimamente ligada ao calendário cristão: o Forte dos Reis Magos , erguido para proteger a futura capital potiguar em 1598, começou a ser construído em um 6 de janeiro, o Dia de Reis.

Hoje, a fortificação de mais de 400 anos na barra do rio Potengi não exerce mais uma função de defesa do Rio Grande do Norte, sendo, em vez disso, um dos principais pontos turísticos da cidade – e uma guardiã da história do início da colonização portuguesa naquela região.

Conheça a história do Forte dos Reis Magos

A fortaleza é considerada o ponto a partir do qual a futura cidade de Natal se desenvolveria. Antes da referência aos Reis Magos, o edifício surgiu com o nome de Forte da Barra do Rio Grande, precisamente por sua localização: além de ficar no encontro do Potengi com o Atlântico (hoje, é possível ter uma vista privilegiada da estrutura de cima da Ponte Newton Navarro , inaugurada em 2007), o forte tinha localização estratégica por ficar inteiramente rodeado pelas águas nos momentos de maré alta – sendo, porém, acessível a pé quando o mar se retraía.

Mesmo antes de a fortificação ganhar suas muralhas atuais, a partir de 1614, o local já estava repleto de canhões e outras peças de artilharia. Mais do que garantir a presença portuguesa na área e consolidar a colonização, a ideia original também era coibir o tráfico de pau-brasil com a presença militar: na época, navegadores franceses estavam se aproveitando da pouca vigilância em partes do Nordeste para carregar o valioso recurso.

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Ao longo dos anos, conquistar o Forte dos Reis Magos significava, também, garantir o domínio da área – algo visto durante as Invasões Holandesas, quando a estrutura chegou a passar 20 anos nas mãos daquele país, até 1654, mudando temporariamente de nome para Kasteel Keulen.

A fortaleza seguiu tendo uma função defensiva e militar, e serviu até como prisão, ao longo dos séculos seguintes, até os canhões finalmente silenciarem de vez. O forte adquiriu definitivamente seu caráter de interesse histórico há 75 anos: em 1949, o prédio foi tombado, passando pelas mãos de diferentes órgãos públicos para garantir a preservação do patrimônio e sua abertura para visitantes do Brasil e do exterior.

Como é a visita à fortaleza

A visita dá acesso às diferentes áreas do forte, o que inclui o museu que existe no local, o pátio interno, o calabouço, e a caminhada sobre as muralhas, onde estão os canhões e guaritas de observação, pontos sempre muito procurados para fotografias.

É possível chegar ao forte de carro ou de transporte público ( confira neste link uma lista das linhas de ônibus que levam até lá), e diversos tours por Natal e arredores incluem uma parada na fortificação. Recomenda-se reservar entre 1 e 2 horas para conhecer o local com calma. Ao contrário da época colonial, é possível acessar o forte mesmo com maré alta: uma passarela de 500 metros garante a travessia a pé entre o nível da rua e a fortaleza.

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O Forte dos Reis Magos recebe visitantes de terça a domingo, das 8h às 16h. Depois de alguns anos de gratuidade no pós-pandemia, desde o começo de 2024 o ingresso passou a custar R$ 5, com meia-entrada (R$ 2,50) para estudantes, pessoas com deficiência, doadores de sangue, professores e idosos entre 60 e 65 anos. Há isenção total para crianças com menos de 7 anos e idosos acima de 65. Mais informações no perfil oficial .

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Fonte: Turismo