O Brasil ainda enfrenta um grande desafio: a sub-representação das mulheres na política.
Estamos muito próximos do primeiro turno das Eleições de 2024, momento em que o Brasil viverá uma nova etapa da sua democracia. A participação das mulheres nas eleições brasileiras vem crescendo, mas em uma velocidade lenta.
As mulheres representam em média 52% dos eleitores do país. Apesar de constituírem mais da metade da população, a representatividade feminina no Legislativo não acompanha esse aumento no eleitorado. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que, em 2022, apenas 18% das cadeiras na Câmara dos Deputados eram ocupadas por mulheres, um número que permanece preocupantemente baixo em comparação a outras democracias ao redor do mundo.
Outro dado do TSE mostra que entre 2016 e 2022 (ano das últimas eleições), 33% das candidaturas eram femininas e apenas 15% do total de candidatos eleitos eram mulheres.
Para o Blog, a professora da USP, Maristela Basso afirma que a primeira barreira é a da filiação partidária. “Encontrar afinidade ideológica com um partido, ser aceita em pé de igualdade com os homens e conseguir as indicações do partido para se candidatar aos cargos desejados são barreiras que as mulheres encontram”.
Além disso, Maristela afirma que é muito importante o papel das mulheres na medida em que são a maioria dos votantes. “O difícil é encontrar os candidatos que efetivamente possam representá-las e levar suas reivindicações a adiante”.
Fonte: R7