Violência contra mulher no ambiente de trabalho é tema de cartilha do MPT

Foto: Divulgação MPT-MS

Esse material é um recurso didático que detalha as diferentes formas de violências sofridas pelas mulheres, desde o assédio moral e sexual até práticas de discriminação mais sutis.

Todas as unidades do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e o Hospital Auxiliadora, de Três Lagoas, foram as primeiras instituições escolhidas para receberem a cartilha “ABC da Violência contra a Mulher no Trabalho”, idealizada e produzida pelo MPT (Ministério Público do Trabalho).

Esse material é um recurso didático que detalha as diferentes formas de violências sofridas pelas mulheres, desde o assédio moral e sexual até práticas de discriminação mais sutis. A cartilha tem como base a Lei Maria da Penha e ressalta que a violência contra a mulher no ambiente de trabalho não é apenas física, mas também psicológica, patrimonial e moral, sendo frequentemente ignorada ou subestimada.

Para a procuradora do Trabalho, Juliana Beraldo Mafra, titular da Coordigualdade em Mato Grosso do Sul, o material esclarece que as agressões contra a mulher não se limitam à violência física.

“Formas como assédio moral, sexual e discriminação também são frequentes, mas, muitas vezes, silenciadas. O nosso papel é garantir que esses temas sejam amplamente discutidos e que as empresas e trabalhadores tomem medidas concretas para combater essas práticas abusivas”, destaca.

A publicação revela que, além das agressões verbais e físicas, questões como o mansplaining (quando homens explicam coisas óbvias para mulheres), bropriating (apropriação de ideias de mulheres por colegas homens) e o assédio sexual são práticas recorrentes que afetam não só o bem-estar psicológico das trabalhadoras, mas também a sua produtividade e oportunidades de crescimento profissional.

Para ampliar o alcance das informações, o MPT-MS disponibilizou a versão digital da cartilha, permitindo que o público em geral tenha acesso aos conceitos e orientações fundamentais para o enfrentamento da violência de gênero no ambiente de trabalho.

Fonte: Campograndenews