Ela disputou a final na classe T13 e fez o tempo de 12s67; brasileira Rayane Soares da Silva foi prata
Muito emocionada e feliz, a atleta sul-mato-grossense Gabriela Mendonça, 26 anos, correu a final dos 100 metros da classe T13 nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Ela ficou em 6º lugar com o tempo de 12s67. A medalha de ouro ficou com a atleta do Azerbaijão, Valiyeva Lamiya, que bateu o recorde mundial com 11s76.
A prata ficou com a brasileira Rayane Soares da Silva, que bateu o recorde sul-americano ao fazer 11s78. O bronze foi da irlandesa Orla Comerford.
Em entrevista ao SporTV após a participação na prova, Gabriela Mendonça destacou que foi um sonho realizado competir a final. Ela garantiu a vaga ainda na madrugada do Brasil.
“Isso para gente é muito grandioso. Ver tanta gente para ver a gente. Vamos seguir trabalhando para estar em Los Angeles 2028. Eu voltei tem seis meses, estou muito feliz de ver onde cheguei. É muito gratificante. Estou muito feliz”, disse Gabriela sobre a participação.
Sobre a prova da brasileira Rayane, a campo-grandense se mostrou muito feliz com a prata. “Eu torço muito pela Rayane. Eu vi o desempenho dela. Ver uma brasileira na final na casa dos 11 é muito emocionante. A gente é brasileira. Eu fico feliz”.
O técnico de atletismo Daniel Sena, em entrevista ao Campo Grande News, citou que está com sentimento de dever cumprido. Ele destacou que a história da Gabriela é cheia de altos e baixos e que Paris 2024 é uma virada de chave na vida da atleta de 36 anos.
“Essa participação foi uma injeção de esperança e vitória na vida dela, então eu estou aqui torcendo muito por ela. Já mandei uma mensagem assim que terminou a prova, parabenizando e dizendo que realmente ela é guerreira. É o que a gente sempre conversava, resiliência, né, então isso é muito importante no dia a dia do atleta”.
Ele complementou que está muito feliz com a participação. “Fiquei muito feliz mesmo, feliz pelo desempenho dela, a sexta melhor do mundo, do planeta, então isso é muito legal”.
Carreira – Gabriela iniciou no esporte aos 13 anos, treinando com o professor Daniel Sena em 2011. Após alguns anos foi morar em São Paulo para buscar uma estrutura melhor, crescimento pessoal e profissional. E, depois de um tempo, em 2021, voltou a Campo Grande, retomou os treinos com o mesmo professor Sena.
Ela relembra o percurso até conseguir chegar à elite paralímpica. “Eu acompanhei todo o processo de desenvolvimento do projeto que o Daniel Senna criou, muita coisa cresceu e evoluiu, os atletas agora têm uniforme, estrutura, equipamentos e aparelhos que ajudam no desempenho”.
A atleta contou, também, as frustrações ao longo dos anos e cita que quase desistiu do esporte após ficar fora da última edição de Jogos Paralímpicos por conta de uma mudança na categoria. Depois disso, ela começou ‘do zero’ para conseguir a vaga em Paris. Em Campo Grande, ela treinou no Sprint Social e atualmente ela defende a equipe do Sesi, em São Paulo (SP).
Fonte: Campograndenews