O presidente do Legislativo, vereador Cândido Gabínio diz que vai acionar Agems e Aneel.
O consumidor que se atreva a “esquecer” de pagar em dia sua conta de energia elétrica: a “tesoura” entra em ação sem dó nem piedade e deixa o sujeito literalmente “no escuro”. Mas, quando a conta está em dia e o consumidor fica sem o abastecimento regular de energia elétrica, por mais que ele reclame a concessionária do serviço no Mato Grosso do Sul, a Energisa, se faz de surda.
O problema não é novidade. É recorrente. Há anos que os consumidores de Ponta Porã denunciam a deficiência no cumprimento das obrigações por parte da prestadora de serviços. Entretanto, as queixas são inócuas, já que eles (os consumidores) representam o elo mais fraco do sistema.
Ocorre que o descaso da Energisa e a falta de investimentos obrigatórios para manter o abastecimento num nível, pelo menos mínimo de satisfação têm se agravado e passam a atingir bairros inteiros, dias seguidos, prejudicando centenas de famílias que, quando não perdem alimentos em frízeres e geladeiras, podem até sofrer prejuízos maiores, com a queima de aparelhos elétricos (geladeira, ar condicionado, micro-ondas, etc.) e sequer são devidamente indenizados, caso não tenham as notas fiscais dos equipamentos.
Enfim, a agência da Energisa em Ponta Porã se nega a atender a imprensa. Nem o presidente do Legislativo, vereador Cândido Gabínio (PSDB) recebeu o devido respeito, “convocamos a Energisa inúmeras vezes para comparecer à uma audiência a fim de esclarecer problemas no abastecimento, mas ninguém compareceu, nem deu resposta”. “Mas, não vamos deixar isso assim”, acrescentou “Candinho”, afirmando que “levaremos o assunto aos níveis superiores, como a Ouvidoria da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de MS) e, se for preciso, diretamente à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) por intermédios dos deputados Paulo Corrêa (PSDB) e Gerson Claro (PP), atual presidente”.
CAUSA E CONSEQUÊNCIA
Apenas para ilustrar, cabe destacar que o último final de semana foi “a gota d’água” que fez o copo transbordar de vez: os bairros São João e Jardim Estoril, vítimas constantes de oscilações de energia elétrica, ficaram em meia fase praticamente todo o sábado (11) e o domingo (12). Os reparos, acionados por um sem número de usuários, sempre levam horas para serem realizados. E isso tem causa e consequência: como a Energisa se nega a fornecer explicações, foram consultados técnicos do setor elétrico que apontaram o seguinte: a linha de abastecimento que leva a energia elétrica ao bairro São João, foi estendida para o Jardim Estoril, em função da construção da ponte sobre o rio São João na Rua México, mas, mantendo o circuito original, que já está sob o efeito do tempo há décadas.
Então, uma vez concluída a parte Norte do anel viário de Ponta Porã, que permanece canteiro de obras da Prefeitura Municipal, com recursos da parceria com o Governo do Estado, a rede elétrica naquela parte da cidade tornou-se uma “cobra de 7 cabeças”, fiação muito antiga e com quilômetros de extensão, por isso a oscilação e a queda constante no abastecimento de energia elétrica e, principalmente, a demora nos reparos, já que os responsáveis pela manutenção levam horas para localizar o problema.
Ainda segundo profissionais em eletricidade, a solução é simples: basta instalar mais um transformador, dividir a linha quilométrica em duas e trocar a fiação pré-histórica por uma nova. Mas, parece que a Energisa está com o bolso cheio de escorpiões…a conferir.
Fonte: Edmondo Tazza (TEM/MS 12660/ Jean Lucas Tazza)