Explosão em campo de refugiados em Gaza deixa mortos, diz Hamas; Israel confirma ataque

Foto: Anas al-Shareef/Reuters

Hamas diz que são 50 mortos e mais de 100 feridos. Porta-voz do Ministério do Interior de Gaza (administrado pelo Hamas) disse em entrevista coletiva que seis bombas atingiram blocos de apartamentos em uma área residencial do campo de refugiados.

Uma explosão em um campo para refugiados na cidade de Jabalia, no norte de Gaza, deixou 50 mortos e mais de 100 feridos. O número é do Ministério da Saúde de Gaza, comandado pelo grupo terrorista Hamas, e não foi confirmado de forma independente.

O porta-voz do Ministério do Interior de Gaza (também administrado pelo Hamas), Ayed al-Bazm, disse em entrevista coletiva que seis bombas atingiram blocos de apartamentos em uma área residencial do campo de refugiados.

O ministério da Saúde disse que a explosão foi causada por um ataque aéreo israelense.

Israel confirma o ataque

O coronel Richard Hecht, porta-voz do exército de Israel, afirmou que as forças armadas do país atacaram o campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.

Segundo Hecht, havia um comandante importante do Hamas naquela área. Ele afirmou que Israel deverá dar mais informações sobre o ataque.

Imagens do local

Um fotógrafo da agência de notícias Reuters tirou fotos do local da explosão no campo de refugiados de Jabalia. Nelas, palestinos procuram sobreviventes e retiram corpos dos escombros. Veja abaixo:

Imagem mostra local de ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza — Foto: Abed Sabah/Reuters

Imagem mostra local de ataque israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza — Foto: Abed Sabah/Reuters

Explosão em hospital

Dias atrás, uma explosão no hospital Ahli-Arab, na Cidade de Gaza, chocou o mundo e colocou a guerra entre Hamas e Israel em seu momento mais tenso desde o início dos conflitos. Centenas de pessoas morreram e as duas partes se acusaram mutuamente pelo ataque, apresentando diferentes versões do caso.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas foi o primeiro a se manifestar. Abbas, que atualmente controle a Cisjordânia, acusou Israel e falou de um “genocídio” e uma “catástrofe humanitária”.

Em seguida, as Forças Armadas de Israel, após dizerem que investigariam o caso, apontaram como responsável a Jihad Islâmica, outro grupo armado que também atua dentro de Gaza. A Jihad Islâmica e o Hamas são aliados eventuais e também já rivalizaram. Ambos, no entanto, têm o mesmo objetivo final, que é a destruição do Estado de Israel.

Israel afirmou que foguetes da Jihad Islâmica que haviam sido disparados contra o território israelense erraram o alvo e atingiram o edifício do hospital.

O porta-voz da Jihad Islâmica, Daoud Shehab, negou a versão. Shehab afirmou que não havia operações das brigadas Al-Quds, o braço armado da Jihad Islâmica, naquela área da cidade de Gaza.

Após a acusação das autoridades israelenses, o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que vive no Catar, responsabilizou os Estados Unidos por “por acobertar as agressões de Israel”.

Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falou de uma obra de “terroristas selvagens”, sem atribuir autoria.

FONTE: G1