Simone Tebet destacou que há planejamento para pelo menos três pontes: duas no Norte e uma no Sul do país.
Durante o lançamento da frente parlamentar de Acompanhamento da Implantação da Rota Bioceânica, a ministra do Planejamento e Orçamento Nacional, Simone Tebet, afirmou que a obra que ligará o Mato Grosso do Sul ao Chile, passando pelo Paraguai e Argentina, por meio de uma ponte, está servindo de espelho para que empreendimentos semelhantes sejam feitos em outras partes do país.
A cerimônia de lançamento aconteceu na Assembleia Legislativa de MS, na tarde desta quinta-feira (21), com a presença de diversas autoridades, inclusive do ex-presidente Michel Temer (MDB), que foi quem deu o pontapé inicial para a obra sair do papel. Na oportunidade, o medebista ainda ganhou o título de visitante ilustre do estado.
Em seu discurso, Tebet ressaltou o fato de que buscar rotas alternativas para o escoamento da produção, que no caso da Rota Biocêanica, será feita pelo oceano Pacífico faz com que os custos de produção diminuam consideravelmente e ainda pode trazer um retorno financeiro significativo para MS.
A ideia, segundo a ministra, é ligar todos os estados brasileiros fronteiriços aos países vizinhos, estabelecendo relações econômicas com os países que estão ao redor do Brasil. Simone enfatizou que, embora o governo federal esteja fazendo uma articulação para firmar parcerias com a União Europeia, a orientação é para que as relações com a América Latina sejam fortalecidas.
A ministra afirmou que o estudo realizado pela sua pasta, o qual mostra possíveis pontes que podem ser construídas em outros estados, será entregue no final de outubro ao governo federal. Este planejamento pode ser o ponto inicial para a instalação desses pontos de ligação.
Ainda de acordo com a ministra, estão sendo pensadas pontes em estados do Sul, em dois locais na região Norte.
“Temos a possibilidade de pelo menos três rotas bioceânicas. Em Rondônia visando o Peru, no Pará e Amazonas visando a rota com a Guiana Francesa e outra rota pelo Sul, no Rio Grande do Sul, visando nossos irmãos argentinos”, afirmou.
Ao que completou: “Lembrando que uma rota não exclui nem compete com a outra, ao contrário, elas se retroalimentam.”
Em sua visão, quanto mais rotas o país tiver, maiores serão as possibilidades econômicas para o país, já que elas podem trazer muitos benefícios nacionais e para os países que firmarem parcerias comerciais com o Brasil.
A ministra ainda ressaltou que ter todos os estados de fronteira ligados aos países vizinhos trará um retorno financeiro muito grande, já que a concretização dessas pontes irá reduzir de forma significativa os custos para escoamento de produção pelo oceano Pacífico.
“Quanto mais rotas bioceânicas tivermos, maiores serão os olhares do mundo para nós, maiores os investimentos virão.”, destacou.
Já em relação à bioceânica em construção, Tebet afirmou que o recurso para a alça de acesso para a ponte está garantido com repasses do governo federal, que prevê o montante de R$ 300 milhões, que serão liberados ano que vem pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A alça está sendo construída pelo lado brasileiro, enquanto no Paraguai a obra já está avançada e entrando na fase final, com a pavimentação das rodovias.
“Essa licitação vai terminar só ano que vem, por ser muito grande. Iniciaremos no ano que vem a alça que falta para transformar este sonho em realidade, garantindo competitividade para os nossos produtos” afirmou.
A frente parlamentar é composta por Antônio Vaz (Republicanos) Coronel David (PL) Gerson Claro (PP) Jamilson Name (PSDB) João Henrique (PL) João César Mattogrosso (PSDB) Junior Mochi (MDB) Lia Nogueira (PSDB) Lidio Lopes (Patriota) Londres Machado (PP) Lucas de Lima (PDT) Mara Caseiro (PSDB) Marcio Fernandes (MDB) Paulo Corrêa (PSDB Pedro Kemp (PT) Pedrossian Neto (PSD) Professor Rinaldo Modesto (Podemos) Rafael Tavares (PRTB) Renato Câmara (MDB) Roberto Hashioka (União).
Fonte: Correio do Estado