13/02/2014 12h
O bolsa atleta faz parte do Fundo Municipal, conseguiu-se, por decreto municipal, a ampliação dessas bolsas, onde passou-se a ser 50 bolsas no valor de 40% do salário mínimo
Dora Nunes
O professor de educação física Ageu Oliveira, presidente do Conselho Municipal de Esporte, em entrevista ao Programa FM em Notícias da rádio 91.5 FM Cerro Corá e site Pontaporainforma fez um balanço das atividades desenvolvidas em 2013 e as perspectivas para o ano de 2014.
“ Falando sobre o bolsa atleta, programa desenvolvido na administração passada que atendia 12 atletas com um salário mínimo e nós, os membros do conselho nos reunimos e vimos que o conselho tinha que dar parecer nas prestações de contas que percebemos que alguns desses 12 atletas tinham algumas aplicações que não condiziam com os verdadeiros fins que é hospedagem, alimentação, vestimenta, medicação, educação”, afirmou o professor Ageu.
Após essa análise, em contato com o secretário de esportes Carlos Bordão, em comum acordo, foi feito uma proposta ao executivo para que o valor da bolsa atleta fosse reduzido ao menos pela metade para ampliação do número de atletas beneficiados. O bolsa atleta faz parte do Fundo Municipal, conseguiu-se, por decreto municipal, a ampliação dessas bolsas, onde passou-se a ser 50 bolsas no valor de 40% do salário mínimo. “ Sendo assim, em uma experiência de 6, 7 meses, podemos ver que essas bolsas foram melhor aplicadas, conforme a última prestação de contas”, disse Ageu Oliveira.
Nesse ano de 2014, de acordo com informações, na data do dia 10 encerram-se as inscrições para o bolsa atleta, sendo que será encaminhado para o Conselho para análise da documentação, independente de ser esporte olímpico ou não, basta ser federado e ter a carteirinha para fazer a inscrição, não valendo para os federados profissionais, pois o objetivo é descobrir talentos.
Outro ponto destacado pelo professor Ageu foi a possível parceria com o exército para que os atletas possam treinar no quartel e devido ao fato de algumas competições já se iniciarem em abril, a prefeitura limpou a região atrás da Sejul para que os treinamentos fossem iniciados, mas o desejo é que existisse um local apropriado. “ O atletismo em MS e em Ponta Porã está órfão. Nós não temos ninguém que abrace a causa. Isso é só vontade, é querer e fazer, é só determinar a execução da obra e pronto, pois recursos sabemos que tem, então já até postei na internet a situação de deputados e vereadores do MS, e a questão é essa, estamos próximos a uma Olimpíada e Copa do Mundo e esta é a situação”, ressaltou professor Ageu.
Outro ponto esclarecido pelo professor é que recentemente esteve com o secretário nacional de esportes em São Paulo e descobriu que nem o Estado nem o município cadastraram projetos. “ A realidade é que estou treinando no mato, não tem o que esconder”, afirmou, lembrando que não só o poder público é responsável, mas também a sociedade precisa se mobilizar e abraçar a causa.
Existe um plano para investimento no esporte, onde sugere a linha azul, área de estacionamento, pedágios e outras taxas que podem ser cobradas para repasse para o esporte. “ Quanto ao futebol profissional, vejo que este não deve entrar no plano porque é profissional, onde temos o exemplo de Naviraí que foram investidos aproximadamente R$ 600 mil reais e até agora não houve um retorno, então vejo que investir R$ 100 mil é pouco para investir num time profissional, sendo ainda necessário um time de base, então digo, é ilusão o que estão pensando”, falou o professor.
O jovem que tem interesse em ser atleta é só procurar o professor Ageu na Sejul, onde tem também o Programa Atleta na Escola, no qual a prefeitura é parceira do governo federal.