Homem que matou estudante de medicina é condenado em Ponta Porã

Marcas de tiros no capô do Palio onde estava estudante de Medicina (Foto: Direto das Ruas)

Antes de completar um ano, a trágica morte do estudante de Medicina Luiz Fernando Andrade França, na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, teve desfecho com a condenação do autor, Wellington Machado Ojeda, vulgo “Cobrinha”, de 25 anos. Ele pegou 15 anos, 7 meses e 6 dias de prisão.

O crime ocorreu no dia 13 de agosto de 2022. Luiz Fernando, o irmão Lucrécio Fabiano Andrade de França e o amigo deles, Dhiego Elias Carvalho Barros, estavam em um bar, na Avenida Brasil, Centro de Ponta Porã, onde também se encontrava Cobrinha com os amigos.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, os dois grupos discutiram em razão da divisão de espaço de uma mesa e de bebidas alcoólicas. Em seguida, Cobrinha deixou o estabelecimento e logo retornou com seu veículo, um Volkswagen Gol branco. Ele estacionou em frente ao bar e entrou no estabelecimento. Minutos depois, saiu, entrou no carro e aguardou a saída das vítimas.

As três vítimas, acompanhadas de uma quarta pessoa não identificada, deixaram o bar e entraram no veículo de Luiz Fernando, um Fiat Palio preto, que estava estacionado nas proximidades. Assim que saíram, Cobrinha passou a segui-las com o Gol.

Após deixarem o quarto ocupante do veículo em um hotel, as três vítimas seguiram pela Avenida Brasil, rumo à saída para Dourados, quando, nas proximidades do aeroporto internacional, foram surpreendidas por Cobrinha, que se aproximou com o Gol e realizou, ainda em movimento, diversos disparos de arma de fogo contra o Palio. Em seguida, fugiu.


Lucrécio, que conduzia o Palio, notou que o irmão Luiz Fernando havia sido atingido por tiros e tentou socorrê-lo ao hospital, mas o veículo, em razão dos danos causados pelos disparos, parou no trajeto. Os bombeiros foram acionados e socorreram Luiz Fernando, mas ele morreu no hospital. Lucrécio e Dhiego não foram atingidos.

Wellington Machado foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Em julgamento, na terça-feira (1º), que durou aproximadamente 9 horas, ele foi condenado a 15 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão, pelo homicídio de Luiz Fernando e pelas tentativas dos amigos que estavam no carro.

Cobrinha foi preso nove dias depois do crime e desde então se encontra custodiado em penitenciária de Ponta Porã.

CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS