Funcionários e estudantes do Sesc e Senac protestam contra o corte de verbas em MS

Estudantes e funcionários protestaram com faixas. (Foto: Kísie Ainoã, Midiamax)

Funcionários e alunos do Sesc e Senac, em Campo Grande, realizaram movimento para protestar contra a proposta que prevê destinar 5% dos recursos da instituição para a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo). Os atos ocorreram nesta terça-feira (16).

O movimento ocorre em todo o país. Em Campo Grande, os organizadores se concentraram na sede regional do Sesc e da Federação do Comércio.

Segundo a diretora de educação do Senac, Jordana Duenha, o movimento não é contrário ao meio investimento no turismo, mas busca pelo fim da proposta que prevê a retirada destes recursos do Sistema S.

“Nós somos apoiadores do turismo, temos muitas causas neste seguimento. A nossa reivindicação, nosso pedido é para não retirar recursos de quem está fazendo um bom trabalho, que já atende a sociedade”, comentou.

Segundo ela, a perca destes recursos pode impactar em ações e trabalhos gratuitos oferecidos pela instituição à população.

“Uma parte importante da nossa operação é feita de maneira gratuita. Só no ano passado foram cerca de 10 mil atendimentos gratuitos aqui em Mato Grosso do Sul. Se tivermos uma redução desse recurso, talvez tenhamos que reduzir vagas gratuitas, atender menos pessoas e menos a demanda para formação de mão de obra”, finalizou.

Funcionários e estudantes do Sesc e Senac protestam contra o corte de verbas em MS
Diretora de educação do Senac, Jordana Duenha. (Foto: Kísie Ainoã, Midiamax)

Corre no congresso a medida provisória do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), que trata de benefícios para companhias aéreas e empresas de entretenimento. O texto ainda aguarda apreciação no Senado.

Brasil quer tirar recursos do Sesc e Senac e colocar no turismo

Na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE) inseriu artigos que estabelecem a transferência dos 5% dos recursos destinados ao o Sesc e Senac para a Embratur.

Com isso, federações e confederações passaram a atuar para o impedimento da proposta, afirmando que a transferência dos valores irá comprometer programas de educação e treinamento.

Segundo as entidades, administradas pela CNC (Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo), a transferência dos recursos pode causar o fechamento unidades e acabar com 31 mil vagas gratuitas de ensino profissional e 7,7 mil da educação básica.

Além disso, o Sesc calcula que cerca de R$ 121 milhões deixariam de ser investidos em atendimento gratuitos.

Fonte: Midiamax