14/09/2016 15h50
Utilizar um drone para quantificar as pragas em plantações, ajudando a dimensionar o volume de agrotóxicos necessário na proteção das lavouras
Divulgação: Dora Nunes
Utilizar um drone para quantificar as pragas em plantações, ajudando a dimensionar o volume de agrotóxicos necessário na proteção das lavouras. Essa é a ideia de um projeto de pesquisa elaborado por dois estudantes do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS).
David Di Martini e Estevão Tonello estão concluindo o ensino médio no curso técnico integrado em Eletrotécnica no Campus Campo Grande. O protótipo foi desenvolvido pela dupla para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) e já está voando.
Além de modernizar o sistema de contagem, gerando dados mais exatos e de forma mais rápida, o projeto dos estudantes poderá contribuir para a redução do volume de agrotóxicos usados, protegendo as pessoas e o meio ambiente.
“Nosso projeto se baseia no tripé da sustentabilidade, unindo proteção ambiental, economia e impacto social. Com uma contagem mais precisa e menos agrotóxicos, diminui a agressão ao solo, é possível economizar com defensivos, aumentar a produção e diminuir a contaminação de alimentos por produtos químicos”, explicou David.
Projeto – Por meio de uma câmera, ligada ao drone por uma haste – espécie de braço mecanizado -, os estudantes gravam imagens da parte de baixo das folhas da planta, onde pragas como percevejos e lagartas se escondem.
Os vídeos coletados são repassados para um computador e um software realiza a leitura e quantifica os insetos. O objetivo é contribuir especialmente para o cultivo da soja, substituindo a contagem tradicionalmente feita com o processo chamado pano de batida.
Neste método, uma lona é colocada embaixo da planta, que é chacoalhada. Em seguida, o número de pragas que caem é contado e, a partir dessa amostragem, o produtor define a quantidade de defensivos agrícolas a ser aplicada.
Entretanto, David destaca que, até o momento, não foi possível testar o experimento em lavouras de soja.
“Fizemos um teste em uma lavoura de mandioca e conseguimos obter as imagens das partes inferiores da planta”, explicou David, completando que o importante é que o drone consiga “ver” embaixo das folhas.
Ainda segundo David, o projeto não está finalizado e outras etapas de desenvolvimento são necessárias para aumentar a estabilidade e autonomia de voo do drone.
Prêmios – Apesar de ainda não estar concluído, o drone já foi premiado com o segundo lugar na categoria Engenharia na Feira de Tecnologias e Engenharias de Mato Grosso do Sul (Fetec/MS) e recebeu uma credencial para participar da Space Camp 2017 e da Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), que será realizada em outubro em Novo Hamburgo (RS).
Os estudantes também receberam um Certificado de Mérito pela participação no evento Portões Abertos, realizado pelo Comando Militar do Oeste, e estão com o projeto inscrito para participar da Feira de Ciência e Tecnologia de Campo Grande (Fecintec) do IFMS.
Feiras do IFMS – Serão promovidas durante a Semana de Ciência e Tecnologia da instituição, entre 17 e 22 de outubro, de acordo com a programação de cada campus.
As inscrições de trabalhos são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente no Sistema de Submissão e Avaliação de Projetos do IFMS, pelo orientador do projeto, até o próximo dia 19. O endereço para o acesso ao sistema é o www.ifms.edu.br/semanact.
Os trabalhos serão avaliados por professores e pesquisadores do IFMS e demais instituições afins. Todos os participantes receberão certificados, e os melhores trabalhos em cada categoria serão premiados.
Os dois melhores trabalhos de nível fundamental e médio de cada feira serão credenciados para participação na Fetec/MS, que ocorrerá em novembro, em Campo Grande.
Texto originalmente publicado em: http://www.ifms.edu.br/2016/09/13/estudantes-criam-drone-para-combater-pragas-nas-lavouras/
Assessoria de Comunicação do IFMS