Presidente da República quer que substituto imediato da pré-candidata ao Senado pelo PP seja de seu partido, o PL.
Será do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), a palavra final sobre a primeira suplência da candidatura ao Senado da deputada federal Tereza Cristina (PP).
O Correio do Estado também apurou com fontes ligadas ao PL, partido do presidente da República, que o desejo de Bolsonaro é que o primeiro substituto da ex-ministra da Agricultura, caso ela seja eleita senadora, seja da mesma sigla que ele.
As convenções partidárias podem ocorrer a partir da semana que vem, até o prazo máximo de 5 de agosto. Será neste prazo que as candidaturas serão confirmadas. Por ora, Tereza Cristina é pré-candidata ao Senado e ainda não definiu oficialmente quem serão seus suplentes.
A disputa pela primeira suplência da candidatura da ex-ministra ficou arrefecida nos últimos dois meses. No início de abril, ela declarou que a decisão só seria tomada nas vésperas das convenções. Nos últimos dias, porém, os bastidores políticos começaram a ficar movimentados.
Político de alto escalão no PL de Mato Grosso do Sul disse ao Correio do Estado que a decisão acerca da primeira suplência sobre a candidatura de Tereza Cristina é de Bolsonaro desde o início do ano.
“Ele já me confidenciou isso, inclusive”, disse a fonte, que pediu para não revelar seu nome para não interferir nas negociações.
Por enquanto, o nome favorito da ministra da Agricultura é o do ex-diretor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul (Sebrae-MS) Cláudio Mendonça. Pensando já na composição para atender ao desejo de Jair Bolsonaro, Mendonça filiou-se recentemente ao PL, mesmo partido do presidente.
Um outro político do PL, porém, afirma que o nome de Mendonça ainda não está com “martelo batido”. Bolsonaro estaria interessado em nomes em que ele teria mais certeza de fidelidade às suas políticas.
Nesta linha, o atual presidente do PL, Rodolfo Nogueira (que também é pré-candidato a deputado federal), e o vice-presidente do PL no Estado, Aparecido Andrade Portela, não escondem o desejo de serem suplentes de Tereza Cristina.
Nogueira, que também é primeiro-suplente de Soraya Thronicke (União Brasil), é de confiança de Bolsonaro e não assumiu a presidência do PL de Mato Grosso do Sul neste ano por acaso.
Por falar em Soraya Thronicke, o cuidado de Jair Bolsonaro é justamente o de evitar o que houve com a atual senadora, que se elegeu na onda bolsonarista em 2018, mas que se “divorciou” do governo atual, tendo, inclusive, votado pela instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga suspeita de corrupção no Ministério da Educação.
Por enquanto, Bolsonaro ainda não bateu o martelo sobre o suplente de Tereza Cristina. Independentemente de quem ele seja, a ministra tem sustentado nesta pré-campanha que em 2023, mesmo que Bolsonaro seja eleito para mais um mandato, seu desejo é permanecer no Senado, e não voltar a ocupar um cargo no Poder Executivo, como fez nesta gestão.
Pesquisa
Pesquisa Ipems/Correio do Estado publicada no início deste mês e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número MS-04652/2022 aponta Tereza Cristina na liderança da disputa pelo Senado, com 34,99% das intenções de voto.
O segundo colocado é o juiz aposentado Odilon de Oliveira (PSD), com 15,93%, seguido do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), que tem 8,40%.
Na sequência, aparecem Thiago Botelho (PT), com 3,39%; Sérgio Harfouche (Avante), 2,60%; Waldeli (MDB), 2,03%; Adonis Marcos (Psol – desistiu da candidatura para ser pré-candidato ao governo), 1,42%; Wilson Joaquim (PSC) 1,21%; Henrique Medeiros (PV), com 0,78%; e Jeferson Bezerra (Agir36), com 0,38%. Os indecisos, brancos e nulos ou que não quiseram responder somam 28,87%.
A pesquisa foi feita entre os dias 26 de junho e 2 de julho com 1.665 pessoas nos 79 municípios do Estado. A margem de erro é de 2,4 pontos porcentuais para mais ou para menos.
5 DE AGOSTO
Os partidos políticos têm até o dia 5 de agosto para definir suas chapas e os candidatos que disputarão as eleições gerais no dia 2 de outubro. As próximas duas semanas prometem ser de intensa movimentação em Mato Grosso do Sul.
Fonte:Correio do Estado