Boate Kiss: MP pedirá condenação e prisão de quatro réus por homicídio simples


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Boate Kiss logo após incêndio que deixou 242 mortos
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Boate Kiss logo após incêndio que deixou 242 mortos

O Ministério Público do Rio Grande do Sul pedirá a prisão e a condenação de quatro réus acusados de homicídio simples no episódio do  incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria, em janeiro de 2013. A informação foi dada pela promotora de Justiça Lúcia Helena Calegari, do MPRS. Na ocasião, 242 pessoas morreram e 636 ficaram feridas. 

Os réus são Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann (sócios da boate), Marcelo de Jesus do Santos (vocalista da banda Gurizada Fandangueira) e o produtor musical Luciano Bonilha Leão. O julgamento ocorrerá no dia 1º de dezembro no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.

“Minha preocupação é que o julgamento tenha início, meio e fim, que a gente comece e termine nos dias que forem necessários; imagino que tenhamos 15 dias com um resultado que a sociedade espera: a condenação. Condenar é pouco, estamos falando de um processo que se arrasta no tempo, pessoas que passaram quatro meses presas. O MP está dizendo que pedirá a prisão e condenação dos quatro. Não se está falando em vingança, está se falando em justiça”, afirmou a promotora, segundo informações do R7.

Segundo Lúcia Helena Calegari, os réus serão julgados por homicídio simples. “Tenho certeza de que os famíliares também querem isso (…) Neste momento em que se chega à reta final, não queremos que se use da imprensa para fomentar a discórdia, tristeza e dor daqueles que passaram anos sofrendo, queremos que se respeite o luto dessas famílias, que se respeite que as pessoas cometeram crimes e precisam ser julgadas e condenadas”, afirmou.

Os membros do MP acreditam haver “provas efetivas” para a condenação dos quatro réus. O promotor Júlio César de Mel disse que espera que “narrativas falaciosas” não atrapalhem o julgamento.

“Existem situações em que algumas narrativas são dissociadas da verdade (…) Nossa preocupação é esclarecer às vítimas que as narrativas falaciosas não preocupam o MP, que está focado nas provas já produzidas no processo. A toda a sociedade, mas, especialmente, aos familiares e às vítimas, dizer que estamos mobilizados e preparados para esse julgamento e agiremos como sempre agimos, na defesa da vida e no combate à impunidade. Qualquer resposta será insuficiente para aplacar a dor dos familiares e das vítimas. A justa resposta seja a justa condenação dos quatro réus pela prática desses crimes, que determinaram uma das maiores tragédias do país.”