O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu , está no ponto mais vulnerável de seu posto — ainda no poder, desde 2009, por um acordo alinhavado entre partidos de ultradireita, direita, centro e esquerda. O premiê tem dois dias para tentar acabar com a coalizão entre Naftali Bennett, do ultranacionalista Yamina, e Yair Lapid, do centrista Yesh Atid, que abarca a direita, com os partidos Azul e Branco e Nova Esperança. A esquerda, do Trabalhista e do Meretz; e ainda flerta com os muçulmanos do Ra’am. Para qualquer um dos lados, o principal objetivo é tirar Netanyahu do cargo e promover um governo de mudança. “Vamos nos concentrar no que pode ser feito, em vez de discutir o que é impossível”, afirmou Naftali Bennett ao anunciar a união com Lapid. A declaração pode ser lida como a política econômica em prioridade em um primeiro momento, e não as questões divisórias do conflito Israel-Gaza.
Líder dos colonos, Bennett defende a anexação da Cisjordânia; Lapid representa os judeus seculares, ele tentou sem sucesso, enquanto ministro das Finanças de Netanyahu, remodelar o sistema que beneficia os ultraortodoxos. O acordo prevê a alternância entre os dois no comando do país. “Não quero deprimir ninguém, mas esta é a coalizão mais difícil de ser construída na História de Israel e está longe de terminar”, disse o analista Anshel Pfeffer, do “Haaretz”, que escreveu uma biografia sobre Netanyahu. A aliança terá de ser votada pelo Parlamento. Até lá, Netanyahu deve tentar ganhar tempo, questionando minuciosamente os termos do acordo. Réu em três processos por abuso de poder e corrupção, ele se aferra ao cargo para escapar da Justiça. – Com informações do blog Sandra Cohen, do G1.