A Páscoa teve sua origem nos tempos do Antigo Testamento, por ocasião do êxodo do povo de Israel. Faraó, o rei do Egito, não queria deixar o povo de Israel sair para adorar a Deus, então muitas pragas vieram sobre ele e seu povo. A décima praga foi a matança dos primogênitos – o filho mais velho seria morto. Segundo as Escrituras, cada família hebreia, no dia 14 de Nisã, deveria sacrificar um cordeiro e espargir o seu sangue nos umbrais das portas de suas casas: “Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem” (Êx 12.7).
Este era o sinal, para que o mensageiro de Deus, não atingisse essas casas com a praga. A carne do cordeiro deveria ser comida juntamente com pão não fermentado e ervas amargas para então, o povo sair do Egito. Segundo a narrativa Bíblica, à meia-noite todos os primogênitos egípcios, inclusive o primogênito do Faraó, foram mortos. Então Faraó, permitiu que o povo de Israel saísse, com medo de que todos morressem.
A partir dali cada família hebreia deveria observar anualmente a festa da Páscoa, palavra hebraica que significa “passagem” “passar por cima”. Esta festa deveria lembrar não só a libertação da escravidão egípcia, mas também a libertação da escravidão do pecado, pelo sangue de Jesus Cristo: “No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29).
Todos que creem, participam da ceia; comem o pão, que representa o corpo, e bebem do cálice, que representa o sangue de Jesus Cristo: “Enquanto comiam Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos, dizendo: Tomem e comam; isto é o meu corpo. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados” (Mt 26.26-28).
Jesus é a nossa Páscoa: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” (Jo 6.51). “E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede” (Jo 6.35); “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele” (Jo 6.56).
“Jesus, pois, lhes disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último Dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue é bebida” (Jo 6.53-55). “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor até que ele venha” (1Co 11.26). Deus abençoe!
Por: Eloir Vieira