Olhos atentos ao que está no céu, controle nas mãos. Assim, os técnicos da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) estiveram no Parque das Nações Indígenas na manhã desta terça feira (16) compondo a primeira turma do Curso de Qualificação Profissional em Pilotagem de Drones.
Segundo o Coordenador de Ciência e Tecnologia, Valdecir Alves, a formação foi realizada para que os servidores pudessem aprender conceitos teóricos e práticos para utilização do equipamento e posteriormente utilizaá-las nas ações de trabalho dos setores onde atuam. “Por conta das restrições impostas pela pandemia da Covid-19, as vagas foram limitadas”, explicou.
Duas unidades de Drone foram adquiridos com recurso da Semagro, por meio do Programa Biota, através do convênio ‘BIOECONOMIA – Novo Paradigma de Desenvolvimento para Mato Grosso do Sul’, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações – MCTI/FINEP. O objetivo desta iniciativa é apoiar o mapeamento da biodiversidade e o monitoramento das unidades de conservação. Outras quatro unidades foram adquiridas pela Coordenadoria de Agricultura e Pecuária, para utilização nas ações voltadas ao setor.
“A utilização de drones tem ganhado espaço na agricultura e na pecuária, servindo tanto para analisar a plantação e detectar pragas e doenças, quanto para verificar as falhas de plantio, excesso de irrigação, entre outros. Aqui na Semagro e na Agraer vão potencializar o trabalho das nossas equipes”, comentou o Superintendente de Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar, Rogério Beretta.
O analista de Tecnologia da Informação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Ailton Oliveira Nogueira, foi o responsável pela aplicação do curso. A trilha de aprendizagem abordou conteúdo introdutório, modelos de equipamentos, dinâmica de voo, além das atividades práticas de pilotagem.
Drone
Drone é um veículo aéreo não tripulado e controlado remotamente que pode realizar inúmeras tarefas. Utilizados em guerras ou até para entregar pizzas, estes equipamentos estão cada vez mais presentes nas mais diversas atividades em todo o mundo.
Em português, o dispositivo pode ser chamado também de VANT, acrônimo para veículo aéreo não tripulado, ou VARP, sigla para veículo aéreo remotamente pilotado — “drone” é uma palavra em inglês, que significa zangão.
Os drones são verdadeiros aliados na conservação do meio ambiente. Com rapidez, eficiência e baixo custo, eles são usados para monitorar florestas e animais em áreas de preservação ambiental, para prevenir desastres, para avaliar áreas afetadas, para auxiliar em resgates e até mesmo no reflorestamento e combate a crimes de desmatamento e caça furtiva de animais silvestres. Do ponto de vista ecológico, ainda são muito mais vantajosos, pois exigem pouca infraestrutura e não usam combustível.
São capazes de desenvolver trabalhos como a contagem e monitoramento da população de aves, por exemplo, com muito mais precisão do que esse controle feito pelo solo. Por via terrestre, alguns imprevistos podem dificultar o trabalho da equipe enviada, como áreas de difícil acesso, terrenos acidentados e objetos que bloqueiam a visão durante a observação dos animais.
Texto e fotos: Kelly Ventorim, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro)