Já habilitado a realizar transplantes cardíacos, o Hospital da Cassems de Campo Grande pretende iniciar, dentro de aproximadamente dois meses, o serviço de transplantes de medula óssea. A conquista foi anunciada pelo presidente da instituição, Ricardo Ayache, em reunião que aconteceu essa semana no gabinete da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Além dele e do secretário estadual Geraldo Resende, participaram a médica hematologista Soraia Teixeira Romanini, especialista em transplante de medula óssea, e o médico oncologista Fabrício Colacino, coordenador da Oncologia do Hospital.
Na oportunidade, Ricardo Ayache manifestou ao secretário Geraldo Resende o interesse em habilitar a unidade hospitalar para a realização de transplante de medula óssea na modalidade Autólogo (quando as células precursoras da medula óssea provêm do próprio indivíduo transplantado), conforme determina a legislação vigente. O secretário garantiu que a SES deverá apresentar parecer favorável e dar todos os encaminhamentos para a habilitação.
O secretário também falou do apoio do Governo do Estado ao Hospital de Câncer Alfredo Abrão, que deverá, em março, implantar o serviço de oncologia pediátrica. “Para a estrutura da parte física, o Estado investiu mais de R$ 15 milhões e na compra de equipamentos, foram mais R$ 6 milhões. Com isso, vamos transformar aquele hospital em referência em oncologia para Mato Grosso do Sul”, explicou.
Novo serviço
De acordo com ofício entregue ao secretário, “o Hospital da Cassems de Campo Grande, inaugurado em outubro de 2016, segue sua vocação de ser um hospital de referência em procedimentos de alta complexidade. Intenciona iniciar transplantes de medula óssea em virtude da significativa demanda existente no Estado e da necessidade de realização em outros centros, fora de MS”.
O projeto de transplante de medula óssea da Cassems é o primeiro de Mato Grosso do Sul. Para tanto, a unidade estrutura o credenciamento da nova modalidade incluindo o funcionamento de um banco de sangue na unidade, que suprirá a necessidade de componentes sanguíneos em toda a rede Cassems.
Para o presidente da Cassems, Ricardo Ayache, o novo projeto representa uma importante contribuição do plano de saúde para a estrutura de saúde de Mato Grosso do Sul. O diretor clínico Marcos Bonilha explica que a unidade passará por algumas implantações para receber o novo procedimento. “Planejamos realizar todos os tipos de transplante de medula óssea. Mas, para que isso seja possível, vamos seguir todas as etapas exigidas pelo Ministério da Saúde. Inicialmente, vamos realizar o transplante autólogo, quando o paciente doa para ele mesmo e, então, estaremos habilitados para o transplante alogênico, quando um doador doa para outro paciente que precisa, tendo ou não relação familiar”.
Fabrício Colacino afirma que a implantação do serviço de transplante de medula óssea é histórica e vai atender os pacientes que têm necessidade e muita dificuldade de receber o transplante fora do Estado e agora poderão realizá-lo no próprio hospital.
Ricardo Minella/SES, com informações da Ascom/Cassems
Foto: Messias Ferreira