Ponta Porã: Com transferências a presídio proibidas, delegacia superlota

1º DP de Ponta Porã - Foto: Tião Prado (Pontaporainforma)

Campograndenews

A determinação que impede novos internos no presídio está em vigor desde quinta-feira, dia 9 de julho e deve durar 13 dias

A decisão judicial que proibiu a transferências de presos para o Estabelecimento Penal Masculino Ricardo Brandão em Ponta Porã tem causado superlotação na 1ª Delegacia de Polícia Civil da cidade. Neste sábado (11), a única cela para homens maiores de 18 anos abriga dez internos, quando sua capacidade é de apenas quatro.

Assinada pela juíza Tatiane Decarli, da 1ª Vara Criminal de Ponta Porã, a determinação que impede novos internos no presídio está em vigor desde quinta-feira, dia 9 de julho e deve durar 14 dias. A decisão veio após confirmação de que seis presos estão contaminados pelo coronavírus. A medida seria para garantir o isolamento dos doentes dentro da unidade, que também sofre com a superlotação.

Por conta disso, todos os suspeitos presos com preventiva decretada, são forçados a ficar na cela da delegacia. A situação, no entanto, gerou outro problema.

Conforme apurado pela reportagem, a unidade policial possui quatro celas: uma destinada a homens maiores de 18 anos, uma para mulheres maiores de idade, e as outras duas para adolescentes, também separadas por sexo. Todos estão com presos.

A maioria deles, no entanto, são de homens maiores de 18 anos. Até está tarde, o espaço destinado a quatro pessoas, era ocupado por dez. A superlotação gerou situação de insalubridade. Direitos básicos, como banho de sol, cobertores e produtos de limpeza, foram negados a eles, já que a unidade não tem estrutura para acolher todos por muito tempo.

Condição degradante se estendeu também aos policiais que trabalham na delegacia, que além de atender a população, são obrigados a fazer o serviço de agentes penitenciários. Em oficio enviado a justiça e assinado por todos os delegados que fazem plantão na unidade, alegam que a situação coloca em risco “a integridade física e mental tanto dos policiais como das pessoas que diariamente recorrem à polícia civil”.

“Quem vai investigar? quem vai intimar? quem vai cumprir ordem de serviço? estamos com uma investigação de homicídio que deve ser interrompida para levar preso no hospital e fazer a custódia dele”, relatam em ofício.

Por conta disso, todos os suspeitos presos com preventiva decretada, são forçados a ficar na cela da delegacia. A situação, no entanto, gerou outro problema.

Conforme apurado pela reportagem, a unidade policial possui quatro celas: uma destinada a homens maiores de 18 anos, uma para mulheres maiores de idade, e as outras duas para adolescentes, também separadas por sexo. Todos estão com presos.

A maioria deles, no entanto, são de homens maiores de 18 anos. Até está tarde, o espaço destinado a quatro pessoas, era ocupado por dez. A superlotação gerou situação de insalubridade. Direitos básicos, como banho de sol, cobertores e produtos de limpeza, foram negados a eles, já que a unidade não tem estrutura para acolher todos por muito tempo.

Condição degradante se estendeu também aos policiais que trabalham na delegacia, que além de atender a população, são obrigados a fazer o serviço de agentes penitenciários. Em oficio enviado a justiça e assinado por todos os delegados que fazem plantão na unidade, alegam que a situação coloca em risco “a integridade física e mental tanto dos policiais como das pessoas que diariamente recorrem à polícia civil”.

“Quem vai investigar? quem vai intimar? quem vai cumprir ordem de serviço? estamos com uma investigação de homicídio que deve ser interrompida para levar preso no hospital e fazer a custódia dele”, relatam em ofício.